O que são recaídas?

A maioria das pessoas que tem Artrite Reumatoide acha que há alturas em que se sentem piores. Estes episódios são conhecidos como recaídas. Durante uma recaída, há mais inflamação, levando a um aumento da dor, da rigidez e de outros sintomas, como o inchaço.

O que pode desencadear uma recaída?

Algumas pessoas acham que são mais propensas a ter uma recaída, após um ataque de stress ou uma doença, enquanto outros associam as recaídas a certos tipos de alimentos (o tipo de alimentação varia de pessoa para pessoa). No entanto, muitas vezes não há nenhuma razão clara para que as recaídas aconteçam.

Posso passar a Artrite Reumatoide para os meus filhos?

Não necessariamente. A Artrite Reumatoide não é hereditária, ou seja, não passa diretamente de pais para filhos. Após anos de investigação, foram encontrados certos genes que estão ligados ao aparecimento de Artrite Reumatoide, mas nem todas as pessoas com esses genes passam a desenvolver a doença. A investigação sugere que outros fatores podem estar envolvidos, tais como o aparecimento de infeções, traumatismos, alterações hormonais e fatores ambientais, podendo desencadear Artrite Reumatoide em alguém que já é suscetível, embora muito sobre a doença ainda não seja conhecido.

Além do tratamento, o que mais posso fazer para melhorar os meus sintomas?

Aprender a descobrir o seu ritmo é importante, especialmente durante as crises. Permita-se a ter bastante tempo para realizar as suas tarefas e descansar, caso precise. O excesso de peso pode provocar pressão nas articulações e representar  outros riscos para a sua saúde, por isso deve tentar ter um peso saudável. Aconselhe-se com o seu médico sobre as medidas certas para o ajudar. Também é uma boa ideia realizar exercício físico regular adequado à sua condição, mas consulte sempre o seu médico antes de iniciar qualquer regime de exercício, para ter a certeza de que é adequado para si.

Tenho excesso de peso. Pode afetar a minha Artrite Reumatoide?

O excesso de peso sobrecarrega as articulações, além de comportar outros riscos para a saúde, pelo que deve tentar alcançar – e manter – um peso saudável; aconselhe-se com o seu médico acerca das medidas certas a adotar.

Não me apetece praticar exercício físico por causa da Artrite Reumatoide – para quê insistir?

Tanto o diagnóstico como os sintomas da Artrite Reumatoide são, muitas vezes, apresentados como motivos para as pessoas limitarem a atividade física, e esta inatividade acrescida pode contribuir para o aumento de peso. Porém, a prática regular e adequada de exercício físico demonstrou ajudar a controlar os sintomas de Artrite Reumatoide, pelo que deve tentar ser mais ativo. É importante consultar sempre o médico antes de iniciar qualquer novo regime de exercício físico, para se certificar que é adequado para si. Evite exercícios de alto impacto, como correr; opcionalmente, opte por caminhar, andar de bicicleta e nadar, atividades que lhe permitem exercitar-se sem sobrecarregar as suas articulações. Yoga e Pilates são excelentes para aumentar a flexibilidade e para reduzir o stress, que pode agravar os surtos da doença.

As terapêuticas alternativas podem ser úteis?

Muitas pessoas com Artrite Reumatoide experimentam terapêuticas alternativas que as ajudem a sentir-se melhor. A reflexologia e a acupunctura, em particular, podem ajudar a relaxar. Porém, medicamentos ou suplementos à base de plantas podem afetar a sua medicação, por isso, confirme sempre com o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer tipo de suplemento.

Que mais posso fazer para alcançar uma melhoria nos meus sintomas?

É importante aprender a seguir o seu ritmo, sobretudo durante os surtos: faça as coisas com a calma necessária e descanse, se precisar. Se fumar, tente parar, pois o tabaco pode agravar os sintomas da Artrite Reumatoide e também aumentar o risco de doença cardíaca, por isso, peça ajuda ao seu médico para alcançar este objetivo.

Como enfrentar o receio das férias?

Fazer umas miniférias ou umas férias mais prolongadas pode implicar alguns receios, mesmo quando já está habituado ao esquema da sua medicação e mais habituado às especificidades da doença. É normal ter receios sobre a forma como enfrenta a viagem e os desafios de estar num ambiente diferente. Uma forma de o fazer é dar pequenos passos em direção ao seu objetivo. Por exemplo, se quiser viajar para participar num acontecimento familiar importante, que implicará uma ausência de alguns dias, que tal começar por pequenas viagens de um dia mais perto de casa, para aumentar a sua confiança e começar a habituar-se ao que irá ter de enfrentar? Refletir nos aspetos positivos dessa experiência poderá ajudar a planear com sucesso futuras viagens.

Acho que o meu médico não me compreende. O que posso fazer?

Antes da próxima consulta, pense no que quer falar com o seu médico e anote uma lista de perguntas e receios. No início da consulta, diga ao seu médico: “Gostaria de falar com o doutor acerca de algumas dúvidas que tenho”, e aborde os pontos da sua lista. Esforce-se por ouvir as respostas do seu médico e não tenha medo de lhe pedir para repetir alguma coisa ou de dizer: “Lamento, mas ainda não percebi bem. Será que pode explicar de outra forma?”

Eu tenho muitas dúvidas para esclarecer com o meu médico, mas parece não haver tempo suficiente.

Se a sua lista de dúvidas for extensa, anote-as por ordem de prioridade e defina quais as dúvidas que vai esclarecer naquela consulta. Tente ajudar o médico a compreender o que sente e o que precisa da parte dele. E não se esqueça de que pode também falar com outros profissionais de saúde, como enfermeiros ou farmacêuticos, que podem ajudar a dar resposta às suas questões.

Em que pode um enfermeiro especializado ajudar-me? 

O seu enfermeiro pode ser a pessoa ideal para ajudar com alguns aspetos quotidianos da sua doença e do tratamento a formas de gerir os sintomas, passando por ajuda na adoção de um estilo de vida mais saudável, como fazer mais exercício físico, alterar a sua alimentação e perder peso.